quinta-feira, 3 de março de 2011

Objetividade um mito inalcançável

Ser ou não objetivo jornalísticamente é um dos temas mais abordados dentro dos cursos de jornalismo. Nos primeiros semestres a maior parte dos acadêmicos considera esta uma das características da profissão e, com o passar do tempo, vai-se entendendo o sentido da objetividade e, a partir daí, começa-se a discordar.
Como diria Carlos Chaparro, “A notícia e a reportagem não são relatos frios de coisas meramente materiais. Os fatos jornalísticos tem materialidade, sim. Mas tem, principalmente, causas, efeitos, contextos, significados”. No momento em que encontramos uma pauta para matéria ou reportagem, subjetivamente julgamos que é assunto importante para ser noticiado à sociedade, quando escolhemos o título que daremos ao texto entre mil e uma possibilidades emitimos valor de juízo, fizemos nossa escolha por algum motivo que muitas vezes é quase imperceptível, vem do nosso inconsciente. Igualmente quando escolhemos a(s) foto(s) que ilustrarão nossos textos, decidimos entre dezenas delas a que melhor mostra a informação que desejamos passar aos leitores, segundo nosso ponto de vista.
Ao escrever, seja para rádio, TV, impresso estamos à serviço da informação, e nossa carga psicológica, emocional e de conhecimento não permite a anulação total de opinião. Podemos e devemos sim, informar a população sobre todos os fatos importantes, sejam eles assuntos dos quais gostamos ou não; devemos dar voz a todos os envolvidos nas histórias que contamos; devemos mostrar todos os lados de cada fato ocorrido. Essas são características da isenção jornalística, mas isso não significa que em todos os momentos deixamos de lado nossa subjetividade.

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